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sábado, 17 de janeiro de 2009

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Time Campeão invicto do Campeonato Carioca, fora da liga racista


Ao Mr.X e ao ImPessoal, tenho isto a dizer:

Após ter "penado" por alguns anos nas divisões inferiores da Liga, em 1922 o Vasco foi o campeão da segunda divisão e, após um empate em 0 a 0 contra o São Cristóvão, último colocado da primeira divisão em 1922, ganhou o direito de jogar contra os "grandes" em 1923.

A partir daí, a história começa a ficar mais conhecida. Treinado por Ramón Platero e sob um regime semi-profissional que incluía de treinamentos pesados a pagamento de "bichos" (iniciativa até então inédita), o Vasco deu um banho em Flamengo, Fluminense, Botafogo, América e Bangu e levantou seu primeiro grande título, o Campeonato Carioca de 1923. O título só não veio invicto porque o Vasco perdeu um jogo por 3 a 2 para o Flamengo, no returno, que contou com uma até hoje discutida arbitragem do botafoguense Carlito Rocha, que anulou um gol vascaíno que seria o do empate. Anos mais tarde, em 1943, em depoimento dado ao Jornal dos Sports, o treinador vascaíno descreveu o lance: "a bola ultrapassou totalmente a linha do gol, mas o Carlito estava com a visão encoberta por um jogador do Flamengo. Em nenhum momento duvidei da honestidade do árbitro, tanto que ele continuou apitando os jogos do Vasco normalmente".

Com o título, a popularidade vascaína aumentou. O Vasco, definitivamente, não era mais o clube apenas dos portugueses radicados no Rio, mas dos cariocas das mais diversas origens e de todas as camadas da sociedade.

Apavorados com o crescente prestígio vascaíno, especialmente depois da conquista do título de 1923, os clubes grandes de então reuniram-se para exigir que o Vasco e os demais pequenos se submetessem a uma investigação em torno das posições sociais de seus atletas. A ordem era que se eliminassem os jogadores profissionais ou que não fossem capazes de assinar a súmula das partidas. O Vasco contava com vários analfabetos no time. As manobras antivascaínas, porém, não deram certo, pois o Clube contratou professores para ensinar os atletas a assinar o próprio nome.

Desesperados, os grandes partiram pra outra alternativa. Abandonaram a Liga Metropolitana (LMDT) e criaram a Associação Metropolitana de Esportes Amadores (AMEA). O Vasco tentou filiar-se, mas foi impedido sob o argumento de que não possuía um campo apropriado (o clube disputava seus jogos no campo da Rua Moraes e Silva). Não era bem esse o problema. Tanto que foi proposto ao Vasco eliminar doze de seus jogadores, exatamente os negros e operários, para que o aceitassem na nova entidade. Não havia mais dúvida: era racismo mesmo.

Coube ao presidente vascaíno, José Augusto Prestes, enviar ao presidente da AMEA, Arnaldo Guinle, uma carta manifestando o repúdio do Vasco ao racismo e deixando clara a posição do clube em relação à exigência do afastamento dos seus doze jogadores. "Estamos certos", escreveu José Augusto Prestes, "de que V. Excia. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno de nossa parte sacrificar, ao desejo de filiar-se à AMEA, alguns dos que lutaram para que tivéssemos, entre outras vitórias, a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923. São doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de suas carreiras. Um ato público que os maculasse nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles com tanta galhardia cobriram de glórias. Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V. Excia. que desistimos de fazer parte da AMEA."

Em 1924, fora da liga "racista", o Vasco fez a melhor campanha da História do Campeonato Carioca: 16 vitórias em 16 jogos, ou seja, 100% por cento de aproveitamento. Esta performance, não igualada até hoje, deu ao Vasco da Gama seu primeiro título invicto.

Decididos a fazer do Vasco um clube grande, os vascaínos partiram então para a construção de um estádio, passando a angariar fundos entre 1924 e 1926. Listas corriam pela cidade, onde muita gente assinava, dando a contribuição que podia. O êxito foi tanto que, ao final de 1926, oito mil novos sócios tinham ingressado no clube. Em 1925, foi adquirido um terreno numa colina em São Cristóvão, que havia sido ocupada no seculo XIX por uma chácara doada por D. Pedro I à Marquesa de Santos.

Com a sua popularidade e seu quadro social crescendo rapidamente, e com o grande sucesso de seu plano de construção do estádio, o Vasco foi admitido na AMEA, em igualdade de condições com os clubes grandes, ainda em tempo para o campeonato de 1925. A construção do estádio coube à Cristiani & Nielsen, prestigiosa firma que pouco antes havia erguido o Jockey Club Brasileiro no hipódromo da Gávea. A pedra fundamental foi lançada no dia 6 de junho de 1926. Raul da Silva Campos era o presidente do Vasco. Menos de 11 meses depois, o clube entregava ao futebol brasileiro o estádio Vasco da Gama, mais tarde popularmente denominado de São Januário.

Na época da sua inauguração, São Januário era o maior estádio da América do Sul e, até a inauguração do Pacaembu em 1940, seria o maior do Brasil. Os jogos da Seleção Brasileira foram regularmente realizados em São Januário até a inauguração do Maracanã em 1950, destacando-se a conquista do Campeonato Sul-Americano pelo Brasil em 1949. Ainda hoje, São Januário é o maior e o melhor estádio particular do Rio de Janeiro. Além de sua importância esportiva, o estádio foi palco de diversos eventos marcantes da História do Brasil, como comícios políticos e assembléias de sindicatos de trabalhadores. Foi durante um histórico comício de 1º de maio em São Januário que o então presidente Getúlio Vargas (que aliás era vascaíno) anunciou as primeiras leis trabalhistas do Brasil.

Conclusão:

Ao Mr. X, desmerecer o título de melhor jogadora do mundo pela FIFA só demonstra o quanto o preconceito impera sobre a mentalidade portuguesa actualmente, mentalidade essa que não existia em 1926 quando voçês portugueses, radicados no Brasil, reuniram-se e defenderam o fim da segregação racial no futebol carioca. Mas curioso é ver que o melhor futebolista português era negro e africano...preconceito,naaaaaaaaaaaa. É sempre um orgulho ver um atleta formado no meu clube receber um prêmio, independentemente do gênero

Já ao ImPessoal,comparar o Olhaneses ao Vasco acho que nem é preciso dizer muita coisa, só apresentar os seguintes dados:

Ano Número de Títulos Títulos
1922 1 Campeão Estadual da Série B da 1ª Divisão
1923 1 Campeão Estadual
1924 1 Bicampeão Estadual Invicto
1925 - -
1926 1 Campeão do Torneio Início
1927 - -
1928 - -
1929 2 Campeão do Torneio Início
Campeão Estadual
1930 1 Bicampeão do Torneio Início
1931 1 Tricampeão do Torneio Início
1932 1 Tetracampeão do Torneio Início
1933 - -
1934 1 Campeão Estadual
1935 - -
1936 1 Campeão Estadual
1937 - -
1938 - -
1939 - -
1940 1 Campeão do Torneio Dr. Luiz Aranha (RJ)
1941 - -
1942 1 Campeão do Torneio Início
1943 - -
1944 3 Campeão do Torneio Início
Campeão do Torneio Relâmpago Invicto
Campeão do Torneio Municipal
1945 3 Bicampeão do Torneio Início
Bicampeão do Torneio Municipal Invicto
Campeão Estadual Invicto
1946 2 Campeão do Torneio Relâmpago
Tricampeão do Torneio Municipal
1947 2 Tetracampeão do Torneio Municipal
Campeão Estadual Invicto
1948 2 Campeão do Torneio Início
1º Campeão Sul-Americano Invicto
1949 1 Campeão Estadual Invicto
1950 1 Bicampeão Estadual
1951 - -
1952 1 Campeão Estadual
1953 3 Campeão do Quadrangular Internacional do Rio (RJ)
Campeão do Torneio Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer (RJ)
Campeão do Torneio Internacional do Chile (Santiago, CHI)
1954 - -
1955 - -
1956 1 Campeão Estadual
1957 4 Campeão do Torneio de Santiago (Santiago, CHI)
Campeão do Torneio Quadrangular de Lima (Lima, PER)
1º Campeão do Torneio de Paris (Paris, FRA)
Campeão do Troféu Teresa Herrera (La Coruña, ESP)
1958 3 Campeão do Torneio Rio-São Paulo
Campeão do Torneio Início
Campeão Estadual
1959 - -
1960 - -
1961 - -
1962 - -
1963 2 Campeão do Torneio de Santiago (Santiago, CHI)
Campeão do Torneio Pentagonal do México (Cidade do México, MÉX)
1964 1 Campeão do Torneio Cidade de Belém (PA)
1965 3 1º Campeão da Taça Guanabara
Campeão do Torneio Cinqüentenário da Federação Pernambucana (PE)
Campeão do Torneio do IV Centenário (RJ)
1966 1 Campeão do Torneio Rio-São Paulo
1967 - -
1968 - -
1969 - -
1970 1 Campeão Estadual
1971 - -
1972 1 Campeão da Taça José de Albuquerque (3º Turno do Estadual) Invicto
1973 2 Campeão do Troféu Pedro Novaes (3º Turno, Grupo A do Estadual) Invicto
Campeão do Torneio Erasmo Martins Pedro (RJ)
1974 2 Campeão Brasileiro
Campeão da Taça Oscar Wright da Silva (2º Turno do Estadual) Invicto
1975 - Campeão da Taça Taça Danilo Leal Carneiro (3º Turno do Estadual)
1976 1 Campeão da Taça Guanabara
1977 4 Bicampeão da Taça Guanabara
Campeão Estadual
Campeão do Torneio Imprensa de Santa Catarina (SC)
Campeão Taça Manoel do Nascimento Vargas Netto (2º Turno do Estadual) Invicto
1978 - -
1979 2 Campeão do Troféu Cidade de Sevilha (Sevilha, ESP)
Campeão do Troféu Cidade de Elche (Elche, ESP)
1980 3 Campeão do Torneio José Fernandes (AM)
Campeão do Troféu Colombino (Huelva, ESP)
Campeão da Taça Gustavo de Carvalho (2º Turno do Estadual)
1981 3 Campeão do Torneio João Havelange (MG)
Campeão do Torneio Ilha de Funchal (Funchal, POR)
Campeão da Taça Ney Cidade Palmeiro (2º Turno do Estadual) Invicto
1982 3 Campeão Estadual
Campeão do Torneio João Castelo (MA)
Campeão do Torneio de Verão (Montevidéu, URU)
1983 - -
1984 1 Campeão da Taça Rio
1985 - -
1986 2 Campeão da Taça Guanabara
Campeão do Taça Cidade de Juiz de Fora (MG)
1987 6 Bicampeão da Taça Guanabara
Campeão Estadual
Bicampeão da Taça Cidade de Juiz de Fora (MG)
Campeão da Copa de Ouro (Los Angeles, EUA)
Campeão da Copa TAP (Newark, EUA)
Campeão do Torneio Ramón de Carranza (Cádiz, ESP)
1988 4 Campeão da Taça Rio
Campeão da Taça Brigadeiro Gerônimo Bastos (3º Turno do Estadual) Invicto
Bicampeão Estadual
Bicampeão do Torneio Ramón de Carranza (Cádiz, ESP)
1989 3 Campeão Brasileiro
Campeão do Torneio de Metz (Metz, FRA)
Tricampeão do Torneio Ramón de Carranza (Cádiz, ESP)
1990 2 Campeão da Taça Guanabara Invicto
Campeão da Taça Adolpho Bloch ou Campeonato Carioca Extra (RJ)
1991 1 Campeão do Torneio da Amizade (Libreville, Gabão)
1992 4 Campeão da Taça Guanabara Invicto
Campeão da Taça Rio Invicto
Campeão Estadual Invicto
Campeão da Copa Rio de Janeiro Invicto
1993 6 Bicampeão da Taça Rio
Bicampeão Estadual
Bicampeão da Copa Rio de Janeiro
Campeão do Torneio João Havelange (RJ/SP)
Campeão do Troféu Cidade de Barcelona (Barcelona, ESP)
Campeão do Troféu Cidade de Zaragoza (Zaragoza, ESP)
1994 2 Campeão da Taça Guanabara Invicto
Tricampeão Estadual
1995 1 Campeão do Torneio Palma de Mallorca (Mallorca, ESP)
1996 - -
1997 2 Campeão Brasileiro
Campeão do Troféu Bortolotti (Bérgamo, ITA)
1998 4 Campeão da Taça Guanabara
Campeão da Taça Rio
Campeão Estadual
Campeão da Taça Libertadores da América
1999 2 Campeão do Torneio Rio-São Paulo
Campeão da Taça Rio Invicto
2000 3 Campeão da Taça Guanabara Invicto
Campeão da Copa Mercosul
Campeão Brasileiro (Copa João Havelange)
2001 1 Campeão da Taça Rio Invicto
2002 - -
2003 3 Campeão da Taça Guanabara
Campeão da Taça Rio Invicto
Campeão Estadual
2004 1 Campeão da Taça Rio
2005 - -
2006 - -



Total 116
Contabilizando um total de 116 títulos


2 comentários:

Mr. X disse...

Primeiro que tudo a minha intenção ao deixar aquele comentário não era desmerecer o título de melhor jogadora do mundo, mas sim desmerecer o pseudo-título de melhor clube formador do mundo.
Se a FIFA decidiu, e bem, fazer uma distinção entre melhor jogador e melhor jogadora do mundo, não me parece muito correcto juntá-los todos no mesmo saco e autoproclamar-se o melhor clube formador do mundo.
Parece-me também importante salientar que esses 4 títulos foram ganhos por apenas 2 jogadores/jogadoras, logo por essa lógica se o Carcavelos FC tiver a sorte de encontrar um/uma super jogador/jogadora que ganhe 6 títulos de melhor do mundo, também poderá dizer que é o melhor formador do mundo apesar de não ter formado mais nenhum/nenhuma jogador/jogadora decente. O que também não me parece ser muito correcto.

Eu sei que estar 4 anos sem conquistar um título (e eu estou a ser simpático ao considerar a taça do Rio um título a sério) é complicado, ainda para mais sabendo que na próxima época o Vasco terá de enfrentar equipas fortíssimas como um Brasiliense, um Marília ou um ABC, mas há sempre que conservar a esperança de que dias melhores virão, de modo a não cair no ridículo de inventar títulos como o melhor clube formador do mundo ou como um Campeão de Inverno qualquer.

Anónimo disse...

Para além de seres paneleiro és racista!
Tás bem tramado pk falaste mal do pais errado! refugiado!
P.S- KA GRANDE MERDA DE POST!